sábado, 10 de agosto de 2013

Metrôs pela Europa - parte 1

Moscou

Suas principais vantagens são o preço (30 rublos, cerca de 0,75 euro), que é o mesmo pra qualquer viagem, não há zonas com preços diferentes, e a abrangência, o metrô chega a quase todas as regiões da cidade e continua crescendo. É o terceiro maior do mundo em número de passageiros, com mais de 6 milhões ao dia e também um dos mais bonitos; durante a URSS, Stalin queria que as estações se parecessem a teatros e fez um grande investimento para deixar as estações bonitas e ornamentadas (fato que se observa principalmente na linha circular), apesar de agora já parecerem velhas e mal cuidadas. Suas escadas rolantes são gigantescas e podem demorar mais de um minuto em uma subida.


Seu pior problema: é o metrô mais complicado do mundo, não há informações em inglês, não há indicações suficientes, muitas vezes é necessário chegar à estação correspondente a uma linha e segui-la até o final para chegar à mesma estação em uma linha diferente, as placas não têm setas indicando o caminho, caso você o use algum dia, com certeza se perderá. E não existem catracas, somente se deve encostar o papel no leitor, caso você não encoste um alarme soará. As máquinas de venda de bilhetes se encontram em todas estações e estão também em inglês; aceitam notas, moedas e cartões de crédito.



Bruxelas

O segundo sistema mais complicado que já vi; não há mapas da rede nas estações, se você não mora na cidade e não sabe em qual direção vai você pode se perder. Não existe somente uma entrada para todas as plataformas, cada plataforma tem sua entrada com catraca e numa mesma plataforma passam diferentes trens, caso você não saiba a direção a onde vai tem que ter sorte, já que não existem mapas das linhas nas estações. 


Pelo tamanho da cidade o bilhete é relativamente caro (1,90 euro um bilhete unitário) e as máquinas de autoatendimento só aceitam moedas e cartões de crédito. As informações no metrô são dadas em francês e holandês.



Porto

"Senhora da Hora, conexão com as linhas A, B, C e F, se mudar para outro veículo ou linha, valide novamente o título de transporte.
Senhora da Hora, conexion with lines A, B, C and F, if you change to another vehicle or line validate your ticket again"



O metrô que confia em você, não há catraca em nenhuma estação, você apenas deve comprar o bilhete, validá-lo e entrar no trem. Caso viaje sem bilhete ou com bilhete para uma zona inferior a que se encontra, as multas podem ser altas, cerca de 50 euros. O Metro do Porto não abrange toda a cidade, sendo necessário o uso do ônibus para ir a determinados lugares. Um trajeto até o aeroporto custa 2,10 euros e demora cerca de 30 minutos. Os bilhetes em geral custam pouco mais de 1 euro.


domingo, 4 de agosto de 2013

Aeroportos Barcelona

Em teoria, Barcelona tem somente um aeroporto de grande porte, o El Prat, entretanto a Ryanair como de costume, opera em aeroportos que são “próximos” às cidades. Aqui faço uma pequena descrição de cada aeroporto da cidade e os custos para se chegar a eles.



Aeroporto de Barcelona El Prat (IATA: BCN), 12 km de Barcelona

É o aeroporto de Barcelona, o único grande aeroporto de Barcelona, possui dois terminais e é o segundo maior da Espanha, o aeroporto faz com o aeroporto de Madrid o corredor aéreo mais movimentado do mundo, BCN-MAD. Pra ele voam todas as companhias, desde as tradicionais às low cost, incluindo a Ryanair. O aeroporto é o centro de operações da low cost espanhola Vueling, que detém mais de 25% dos passageiros que utilizam o aeroporto; três companhias low cost juntas (EasyJet, Ryanair e Vueling) controlam mais de metade dos 35 milhões de passageiros que usam o aeroporto anualmente, e através delas se pode voar para qualquer destino na Europa e norte da África.


Existem duas formas baratas de se chegar ao aeroporto, trem, que custa cerca de 4 euros e ônibus urbano 46, que sai por pouco mais de 2 euros, os dois levam os passageiros ao centro da cidade, os trens chegam à estação Barcelona-Passeig de Gràcia e os ônibus à Plaça Catalunya. Também há o serviço de ônibus noturno, N17, que sai da Plaça Catalunya com destino ao aeroporto de hora em hora pela madrugada.



Aeroporto de Girona-Costa Brava (IATA: GRO), 100 km de Barcelona

A Ryanair anuncia que o aeroporto é da cidade de Barcelona, entretanto, ele pertence a Girona, outra província catalã. O aeroporto é uma das principais bases da irlandesa Ryanair e é de lá que a companhia oferece a maior parte de seus voos à Catalunha. Outras companhias que fazem alguns voos para esse aeroporto são a Transavia e a WizzAir. O aeroporto também é uma das melhores opções para se chegar aos Pirineus e a Andorra, já que se localiza próximo da fronteira com a França.


O translado do aeroporto a Barcelona tem um preço um pouco salgado, 12 euros, e chega a Barcelona-Estació Nord, os horários dos ônibus são coincidentes com os horários dos voos Ryanair


Aeroporto de Reus, Tarragona (IATA: REU), 106 km de Barcelona

Outro aeroporto que não é de Barcelona e é anunciado pela Ryanair como sendo da cidade, ele se localiza em outra província catalã, Tarragona, e quase todos os voos desse aeroporto são da companhia irlandesa, além de alguns voos de temporada da Thomas Cook e da Thomson Airways. A maioria dos voos desse aeroporto tem como destino o Reino Unido.



O translado desse aeroporto à cidade de Barcelona é feito de ônibus pela companhia Hispano Igualadina e custa 15 euros por trecho e chega a Barcelona-Sants.

Verifique bem pra qual aeroporto é o seu voo para não se assustar na hora de pegar o ônibus para a cidade.


sábado, 3 de agosto de 2013

National Rail

Diferentemente da Espanha, França ou da Itália onde as companhias de trem são estatais e só há uma companhia que controla todas as redes ferroviárias do país, na Grã-Bretanha os trens são operados por companhias privadas que operam por concessão governamental, existindo cerca de 20 companhias férreas abrangendo a ilha, como a Virgin Trains, a First Capital Connect ou a Chiltern Railways. A associação das companhias operadoras de trem da Grã-Bretanha tem a National Rail como uma forma de dar aos clientes um serviço unificado do sistema ferroviário inglês, serviços que antes eram oferecidos pelo British Rail.


Vamos falar do assunto importante agora: como viajar barato de trem pela Grã-Bretanha? Toda a ilha é servida por trens, é mais comum viajar de trem que de ônibus pelo país, não há trens de alta velocidade (exceto o Eurostar), mas as viagens são, em geral, curtas e agradáveis, além do fato de todos os aeroportos londrinos serem distantes do centro da cidade, enquanto as estações de trem são no centro.

Mapa das linhas férreas inglesas

Se os tickets são comprados na hora nas máquinas de autoatendimento nas estações, os preços serão muito salgados, mas se você planeja bem sua viagem e compra com até um mês de antecedência pode encontrar bilhetes muito baratos, que podem chegar a ter quase 80% de desconto. Abaixo listo os preços de alguns trechos, comprados com antecedência:

Londres-Birmingham: 6 GBP
Londres-Manchester: 12,50 GBP
Londres-Brighton: 5 GBP
Londres-Liverpool: 12,50 GBP
Londres-Leeds: 14,60 GBP
Londres-Newcastle: 16,85 GBP
Londres-Bristol: 13 GBP
Londres-Cardiff: 16 GBP
Londres-Edimburgo: 39,50 GBP
Manchester-Birmingham: 10 GBP
Manchester-Newcastle: 15 GBP



2 for 1

Quando se viaja de trem pela Grã-Bretanha, ainda há a vantagem do 2 for 1, uma promoção dos trens britânicos vinculada a restaurantes, casas de show, teatros e atrações turísticas por toda a ilha, principalmente em Londres, um folheto com todas ofertas do 2 for 1 pode ser encontrado em qualquer estação ferroviária inglesa. Para usar essa promoção é necessário ter um bilhete de trem para o dia ou para os dias seguintes, através dela, duas pessoas pagam o preço de uma, simples assim; e não são somente aquelas atrações que ninguém quer ver, são lugares onde todos turistas querem ir, como o museu de cera Madame Tussauds, passeios de barco pelo Tâmisa, a Catedral de St. Paul, os musicais Rock of Ages, We Will Rock You e War Horse, o Castelo de Warwick (entre Londres e Birmingham) ou a casa onde Shakespeare nasceu em Stratford upon Avon.



Para mais informações visite o site do National Rail: http://www.nationalrail.co.uk/

viernes, 2 de agosto de 2013

Vinhos

Na Europa muitas coisas são caras e quando multiplicamos os preços em euros por 3 ou em libras por 3,5 ficamos muitas vezes de cabelo em pé ao pensar nos preços em reais brasileiros. Há uma coisa, entretanto, que podemos multiplicar por 3, por 5 ou às vezes até mesmo por 10 que o preço não nos assusta, os vinhos. Uma garrafa que no Brasil custa entre 30 e 40 reais é encontrada por aqui por 2,50 euros; um Porto que no Brasil sai por cerca de 40 reais custa 4,50 euros em Portugal.

Porto Ferreira, uma das marcas mais tradicionais

No Brasil, vinhos muitas vezes são associados à classe alta, beber vinhos durante as refeições não é um hábito comum dos brasileiros, e fazer um jantar e abrir uma boa garrafa de vinho é algo de se encher os olhos. Aqui não, em muitos países da Europa, vinhos são bebidas extremamente baratas e acessíveis a toda a população; e não são os vinhos ruins que são baratos (como os de 7 ou 8 reais que encontramos no Brasil), existem vinhos excelentes por menos de 3 ou 4 euros (principalmente em Portugal, Espanha, França e Itália), e a gama de opções que se encontra em qualquer supermercado é incrível; vinhos tintos, brancos, rosés, espumantes, espirituosos, moscatéis. Vinho por aqui não é bebida de rico (só aqueles extremamente caros), é um hábito bebê-lo durante as refeições, é parte da dieta.

Marqués de Cáceres, grande vinho espanhol

Toro Loco Tempranillo, vinho barato valenciano premiado

Para quem gosta de vinhos, não há melhor lugar no mundo para prová-los; desde os vinhos do Douro, vinhos verdes e vinhos do Porto portugueses, aos tempranillos do Duero e da Rioja e os albariños galegos da Espanha; dos Chardonnay, Champagnes e Bordeaux franceses aos Chianti, Lambruscos e toscanos italianos. Além desses países que já têm conhecimento mundial por seus vinhos, outros países do leste europeu como a Bulgária e a Moldávia também produzem vinhos de ótima qualidade que podem ser encontrados a preços muito baixos.

Cricova celars: maior adega do mundo na Moldávia

Bordeaux francês

Porca de Murça, um ótimo vinho do Douro, muito barato em Portugal

Um albariño galego


Ao vir à Europa, não deixe de comprar umas boas garrafas de vinho (no supermercado mesmo que é muito mais barato) e saboreá-los, nem que seja no próprio hostel ou sentado em um parque no fim de uma tarde.

Boas opções são combinar um bom vinho espanhol, como Marqués de Cáceres, com fatias finas de jamón serrano; um vinho português, como o Porca de Murça, com um prato de alheiras fritas; um Porto Ruby com uma sobremesa de chocolate ou um bordeaux francês com um prato de queijos franceses e suíços.

Casal Garcia, excelente vinho verde português

Faustino, tradicional vinho espanhol


Quando vim pra cá pensei em guardar as rolhas dos vinhos que eu bebesse durante minha estadia, no primeiro mês já desisti, iria encher uma mala quando eu voltasse ao Brasil..

jueves, 1 de agosto de 2013

Tube (London Underground)

“Mind the gap between the train and the platform”
“This is a Piccadilly Line service to Heathrow, terminals five and one two three”
“This is Green Park, change here for the Victoria and Jubilee Lines”
“This is a Northern Line service to Morden”


Além do Big Ben, da família Real e do chá, outra marca de Londres é o Tube, o metrô mais antigo do mundo, com mais de 150 anos. O metrô abrange toda a cidade e os subúrbios e por mais de 100 anos foi o maior metrô do mundo em extensão de linhas, sendo superado pouco tempo atrás. O Tube, ou Underground, tem mais de 270 estações, 11 linhas e 402 quilômetros, sendo que 55% não é realmente underground; a parte subterrânea é principalmente a localizada em Central London; hoje o Tube conta também com o DLR (Docklands Light Rail), o Overground e a Emirates Air Line, o Tube transporta anualmente mais de um bilhão de passageiros.

Mapa do Tube em 1908

Não há uma região londrina que não possua uma estação cerca, o metrô londrino é muito funcional, prático e rápido, seu único problema é o preço, que não agrada aos ingleses, muito menos aos estrangeiros que têm de trocar suas moedas pelas caríssimas libras esterlinas.


Os trens têm uma frequência de passo muito grande, em geral, durante os horários de maior movimento, os trens têm intervalo entre 3 e 5 minutos; poucas são as vezes que o metrô fica abarrotado de gente, muitas vezes se um trem já está muito cheio as pessoas param de entrar e esperam em fila o próximo (diz-se que os ingleses são ótimos em fazer filas, brasileiros, entretanto...).

Atual mapa do Tube

Apesar do fato de Londres não parar, assim como Nova York, o metrô sim para. Os trens começam a circular por volta das 5 da manhã e param entre a meia noite e a 1 da manhã. Durante a madrugada, os trens passam por vistoria e a cidade passa a ser servida por ônibus noturnos, onde se pode utilizar o mesmo Travelcard ou Oyster desse dia; um “dia” de viagens pelo sistema de transporte público londrino (TFL – Transport for London) começa com o primeiro trem do metrô sai, por volta das 5 da manhã e termina quando sai o mesmo trem no dia seguinte.


Oyster

O Oyster é o cartão recarregável pré-pago do metrô londrino, sendo também válido no Overground, no DLR, na Emirates Air Line, ônibus, trams e alguns barcos e trens. O cartão custa 5 libras que são reembolsáveis ao se devolvê-lo.


O Oyster é a alternativa mais barata para se utilizar o transporte público londrino. Se você não comprou um bono semanal, que tem preço fixo, ele funcionará da seguinte forma: primeiramente você o carrega e começa a utilizá-lo, e a cada vez que você entra no Tube, 2,30 libras (o preço de um bilhete) é debitado, e quando o total gasto em um dia chega ao preço de um Travelcard diário pras zonas em que você o utilizou (geralmente entre 7 e 8 libras, dependendo das zonas), não há mais cobrança, você poderá utilizá-lo o quanto quiser dentro dessas zonas sem pagar mais nada por isso. Ou seja, se você utiliza até três vezes em um dia paga como se tivesse realizado as 3 viagens, se você o utilizou mais, paga como se tivesse comprado um Travelcard diário. Cuidado para não ser cobrado duas vezes com o Oyster, se você tocou no círculo amarelo para entrar, deve tocá-lo ao sair.

Um dos nomes de estação mais engraçados


Como economizar

Londres é uma cidade bem grande, a segunda maior da Europa em população e a primeira em importância econômica, então, para conhecer a cidade toda andando é necessária muita disposição e um clima favorável (ou seja, nem inverno nem dia chuvoso). O Tube não é nada barato, mas sempre há maneiras de se gastar o mínimo possível:

  • Nunca, nunca compre bilhetes unitários, são muito caros e você só os pode usar uma vez;
  • Compre o Oyster e recarregue-o;
  • Não perca o Oyster;
  • Quando não há catracas, sempre tocar o Oyster na estação de entrada e na de saída;
  • Verifique as zonas do metrô onde estão os lugares que você quer visitar;
  • Se for ficar mais de 5 dias vale a pena comprar o semanal, que custa 30,40 GBP para zonas 1-2 ou 35,60 GBP para zonas 1-3.

A Rainha Elizabeth II no Tube durante uma das cerimônias de comemoração dos 150 anos do metrô londrino

Mova-se em Londres com o Tube!